Entendendo o Autismo – Parte 2: informações necessárias e relevantes no cenário atual

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, com base no Censo Demográfico 2022 (dados publicados em maio de 2025), que 2,4 milhões de brasileiros com 2 anos ou mais foram declarados como diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Isso representa uma prevalência de 1,2% da população nessa faixa etária.

A prevalência varia por faixa etária:
0 a 4 anos: 2,1%
5 a 9 anos: 2,6% (equivale a 1 em cada 38 crianças)
Outras faixas etárias variam entre 1,9% (10-14 anos) e
1,3% (15-19 anos); grupos mais velhos estão entre 0,8% e 1,0%.

Há também diferenças conforme o gênero:
Homens: 1,5%
Mulheres: 0,9%
Especialmente na faixa de 5 a 9 anos, prevalência é de 3,8% nos meninos versus 1,3% nas meninas, uma proporção de aproximadamente 3,1:1.

Nos Estados Unidos, segundo estimativas recentes dos Centers for Disease Control and Prevention (CDC), em 2022 cerca de 1 em cada 31 crianças de 8 anos foi identificada com TEA — ou seja, aproximadamente 3,2% dessa faixa etária. Em termos históricos, houve um aumento notável ao longo das décadas: 2000 o percentual era de 0,66%; em 2012, cerca de 2,77% e em 2022, 3,2%, um aumento consistente, mas atribuído principalmente a melhores métodos de diagnóstico, critérios ampliados e maior conscientização, e não a um surto real.

Já no mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em média global, cerca de 1 em cada 100 crianças tem autismo, ou seja, 1%. Uma meta-análise baseada em estudos de vários países estimou uma prevalência de 0,77% entre crianças, com variações conforme região e metodologia. 

Resumo em Tabela

Região / Contexto Prevalência estimada em 2022–2025
Brasil (pop. ≥2 anos) 1,2% (2,4 milhões de pessoas diagnosticadas)
Brasil (5–9 anos) 2,6% (1 em cada 38 crianças)
Brasil (homens) 1,5%
Brasil (mulheres) 0,9%
EUA (crianças de 8 anos) 3,2% (1 em cada 31)
Mundo (OMS) ~1%
Meta-análise global ~0,77%

 Vale ressaltar que todos os dados foram confirmados em fontes confiáveis (Canal Autismo, Centers for Disease Control and Prevention (CDC), IBGE, entre outros).

Para concluir, podemos constatar que no Brasil, a prevalência entre todos os indivíduos com 2 anos ou mais chega a aproximadamente 1,2%, mas é bem maior entre crianças em idade escolar, especialmente meninos de 5 a 9 anos. Nos Estados Unidos, a prevalência entre crianças de 8 anos é de cerca de 3,2%, a nível nacional, enquanto que globalmente, estimativas variam entre 0,77% e 1%.

Antes da sociedade, a inclusão acontece dentro da família e, antes da família, no coração das pessoas”,  (Elis Busanello).

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