Você já parou para pensar no impacto do uso excessivo de telas na infância? Brincadeiras ao ar livre interação com amigos estão sendo substituídos por horas diante do celular. O que podemos fazer para equilibrar tecnologia e infância saudável? Quais os níveis seguros de utilização das telas na primeira infância?
Segundo a Academia Americana de Pediatria (AAP), o uso de telas varia de acordo com a idade da criança:
Idade 0-2 anos: a recomendação é de que não haja nenhum uso de telas. Até os 18 meses é recomendável que a criança não tenha contato com tecnologias digitais, telas e afins. Nenhum benefício é constatado nessa fase com uso desse recurso.
Idade 2-5 anos: o limite é de 1 hora por dia. A Academia recomenda que crianças de 2 a 5 anos usem telas por no máximo 1 hora por dia, além disso o conteúdo deve ser educativo e de alta qualidade.
Idade 6-12 anos: o recomendado é que o limite seja de 2 horas por dia. Para a AAP, crianças de 6 a 12 anos podem usar as telas por no máximo 2 horas por dia. O conteúdo pode incluir programas de TV, filmes, jogos e atividades online.
Idade 13 anos e mais: Os pais devem estabelecer limites de tempo e garantir que o uso de telas não afete a saúde física e mental. Além disso, o conteúdo deve ser apropriado para a idade e maturidade da criança.
As telas tem sido nos últimos anos, o vilão do desenvolvimento infantil. Pois para conforto e até mesmo auxilio dos pais, as crianças pequenas passam muito tempo em frente à TV assistindo desenhos, programas infantis etc., dando tempo para os afazeres domésticos.
A ação tem deixado de lado, as brincadeiras off-line. Aquelas que são essenciais para desenvolvimento e aprimoramento das funções psicológicas superiores (atenção, concentração, linguagem, memória) que se dá, principalmente, através da interação com o outro, com a socialização. E com as telas, não se tem essa reciprocidade.
Substituir o uso excessivo de telas (como celulares, tablets e TVs) na primeira infância é essencial para o desenvolvimento saudável das crianças. O ideal é promover atividades que estimulem a interação social, o brincar ativo, o desenvolvimento motor, cognitivo e emocional. Na próxima coluna abordaremos técnicas de substituir as telas por estratégias saudáveis e práticas.