Receber o diagnóstico de uma deficiência, transtorno ou condição de desenvolvimento, de um filho ou de alguém próximo pode ser um dos momentos mais difíceis da vida. É normal que surjam sentimentos como medo, tristeza, culpa ou confusão. Tudo isso é compreensível e faz parte do processo de entender, aceitar e seguir em frente. O que realmente importa é lembrar que o diagnóstico não define a pessoa. Ele serve apenas para ajudar a entender melhor suas necessidades, oferecer o apoio adequado e, acima de tudo, fortalecer os laços com amor, respeito e atenção.
Não existe uma forma única ou certa de reagir. Algumas famílias podem ter dificuldade em aceitar a situação, enquanto outras podem sentir um alívio por finalmente compreender o que estavam percebendo. O essencial é não se criticar. Dê a si mesmo o espaço para sentir e converse sobre o que está vivenciando. Cuidar de si mesmo também é muito importante, além de tentar entender que o diagnóstico é apenas o começo de uma jornada de adaptação, aprendizado e empoderamento.
Procure informações com cuidado e não caminhe sozinho
O acesso à informação é fundamental, mas nem tudo o que está na internet é confiável ou positivo. Procure fontes seguras, profissionais especializados e grupos de apoio que acolham com empatia e conhecimento. Evite sobrecarga. Um passo de cada vez.
Busque suporte de profissionais, parentes, amigos e pessoas que vivenciaram experiências semelhantes. Coletivos familiares, terapeutas, psicólogos e organizações podem oferecer laços de carinho e trocas significativas. Dividir a experiência com aqueles que compreendem é extremamente importante. Seu filho, irmão, neto ou estudante permanece sendo quem é com seu caráter, aspirações, capacidades e inúmeras oportunidades.
Olhe além do diagnóstico
A deficiência é apenas uma parte da história, não a totalidade. A atitude acolhedora do núcleo familiar e da instituição de ensino pode transformar caminhos e fazer com que a pessoa com deficiência se sinta valorizada por sua verdadeira essência.
Com o passar do tempo, o receio dá espaço à descoberta. Às pequenas e significativas conquistas. Ao reconhecimento dos avanços. A admiração pelo progresso. E à certeza de que amor e fé são as forças motrizes da transformação. Por trás da deficiência, existe uma pessoa cheia de potencial, radiante, com direitos e vivências únicas para explorar. O diagnóstico pode sinalizar o começo de uma nova forma de amar — mais consciente, atenta e humana.