Além de auxiliar pessoas com deficiência, a musicoterapia pode ser um instrumento eficaz para tratar os danos emocionais em mulheres decorrentes da violência doméstica. Particularidades da música como linguagem não verbal auxiliam muito este processo, pois acessamos o trauma de forma inconsciente. A ferramenta pode ser eficaz no apoio a mulheres em situação de violência, ajudando-as a lidar com os traumas emocionais e promover o bem-estar.

Vale ressaltar que a música, como linguagem não verbal, pode acessar o inconsciente e auxiliar no processo de cura. Além disso, a musicoterapia pode fortalecer a autoestima, a confiança e a capacidade de tomada de decisões das mulheres.

Como a musicoterapia pode ajudar?

• Processamento de traumas. A música pode ser usada para expressar e elaborar emoções associadas à violência, sem a necessidade de verbalização imediata.

• Fortalecimento da autoestima e confiança. Através da música, as mulheres podem redescobrir suas forças e potencialidades, aumentando a autoconfiança.

• Empoderamento e resiliência: A musicoterapia pode criar um espaço seguro para a expressão e o fortalecimento da identidade, auxiliando as mulheres a lidar com a situação de violência e a buscar uma vida mais saudável.

• Desenvolvimento de habilidades sociais. Por meio de atividades em grupo, as mulheres podem fortalecer seus laços sociais e aprender a se organizar para enfrentar os desafios.

Técnicas utilizadas na musicoterapia:

• Improvisação musical. Permite a expressão livre e espontânea de sentimentos e emoções através da música.

• Audição musical. Pode induzir relaxamento, diminuir a ansiedade e promover o bem-estar emocional.

• Composição musical. Possibilita a criação de canções que expressem as experiências e emoções das mulheres, auxiliando na elaboração do trauma.

• Recriação musical. Por meio da reprodução de músicas, as mulheres podem se conectar com suas emoções e fortalecer sua identidade.

Importante. É fundamental que a musicoterapia seja realizada por profissionais qualificados e experientes, que possam criar um ambiente seguro e acolhedor para as mulheres. Pode ser ofertada em CRAS, CREAS, em programas sociais e clínicas particulares.