Considerada uma ferramenta valiosa para pacientes com câncer e suas famílias, a musicoterapia pode proporcionar benefícios como redução de ansiedade, melhoria da qualidade de vida e apoio emocional. A prática utiliza a música como meio para estimular o bem-estar, relaxamento e expressão de sentimentos, auxiliando no enfrentamento da doença. Ela pode ajudar a diminuir os níveis de ansiedade e depressão, comuns em pacientes com câncer, promovendo um estado de calma e relaxamento, podendo ainda estimular a liberação de endorfinas, neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar, contribuindo para uma melhor qualidade de vida.
A música permite que os pacientes expressem seus sentimentos e emoções, facilitando a comunicação e o processo de enfrentamento da doença. Além disso, pode auxiliar na recuperação física e emocional, contribuindo para um tratamento mais completo e eficaz.
Sua aplicação pode ocorrer de diferentes formas, incluindo a participação ativa do paciente na música (tocando instrumentos ou cantando) ou a escuta passiva de músicas escolhidas, ou compostas pelo musicoterapeuta. A escolha das músicas e a abordagem terapêutica são adaptadas às necessidades e preferências de cada paciente.
A Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC) pode integrar a musicoterapia em suas ações, oferecendo um espaço seguro e acolhedor para as mulheres se conectarem com a música e receber apoio emocional durante o tratamento. Pode ser incorporada em grupos de apoio, sessões individuais ou atividades de lazer, promovendo o bem-estar e a qualidade de vida das pacientes e de suas famílias.
O Objetivo das intervenções é reduzir o estresse, a ansiedade e a dor associados ao tratamento de câncer, promover a autoexpressão, a criatividade e a resiliência. As sessões podem der em grupo ou individuais, contando com atividades musicais, como canto, tocar instrumentos, composição e improvisação, utilizando a música como relaxamento, expressão emocional e comunicação.
Como benefícios, espera-se: reduzir o estresse e a ansiedade; melhorar o humor e a qualidade de vida; aumentar a autoestima e a confiança; além de Fortalecer a rede de apoio entre as participantes.
Em um cenário em que o paciente já enfrenta uma sobrecarga de medicamentos, exames e procedimentos, oferecer uma estratégia como a musicoterapia pode representar um respiro. Um espaço de expressão, de alívio, de conexão. É claro que não substitui os tratamentos tradicionais, mas ela pode e deve ser vista como parte do cuidado integral, ao lado de outras práticas que colocam o ser humano no centro da atenção.
A música tem o poder de acessar memórias, despertar sentimentos e criar pontes onde antes havia silêncio. E, para quem enfrenta o câncer, isso pode fazer toda a diferença. Incorporar práticas como essa ao cotidiano dos serviços oncológicos é um passo importante rumo a uma medicina mais humana, mais sensível e mais completa. Porque, no fim das contas, cuidar do câncer é também cuidar da vida.