Gol apresenta novo mecanismo de embarque acessível em aeronaves Equipamento elimina necessidade de ambulift, cadeiras escaladoras e oferece mais autonomia

Passageira desembarga em Maringá no novo equipamento de acessibilidade – Victor Erlacher Espindula/Divulgação GOL

Uma nova e promissora possibilidade de embarque e desembarque em aeronaves, com mais conforto e segurança, para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, foi apresentada pela empresa aérea Gol, em Maringá (PR), nesta terça-feira (26).

A Escada de Acesso com Elevador se trata de uma plataforma elevatória para até 400kg que conduz o passageiro cadeirante ou com alguma restrição para degraus até a porta do avião. O equipamento fica imediatamente ao lado da escada convencional, o que dá um aspecto de maior integração.

O dispositivo, que demorou quatro anos para ficar pronto e passa agora por uma fase de testes e avaliação, será utilizado em aeroportos sem passarelas de embarque, que levam os viajantes diretamente do portão para a aeronave. Ele também pode ser acionado quando o avião estaciona na chamada área remota, onde os passageiros descem por escadas.

A plataforma, pioneira na América Latina, elimina a necessidade de equipamentos menos práticos e mais caros, como o ambulifit —caminhão que se eleva até a altura da aeronave para transferir o passageiro— ou alternativas que reduzem o conforto e a segurança do usuário, como as cadeiras escaladoras automatizadas ou mesmo cadeiras comuns carregadas por funcionários

A Gol não revela o valor do investimento, mas informa que ele deve levar o instrumento para outros pontos do país. “A Gol sempre teve esse propósito de ser uma empresa para todos. A gente se posiciona no mercado assim e a acessibilidade sempre esteve dentro do nosso cerne, de pensar como revolucionar a aviação e fazer a aviação ser um local inclusivo, um local diverso”, declara Felipe Sobrinho, gerente de pertencimento da empresa.

O executivo não nega, porém, que o mecanismo tenta responder também a queixas de passageiros, principalmente os com deficiência, pelas condições de embarque e desembarque. “A reclamação existe, vem de uma dor. E eu acho que é esse o papel da Gol, de transformar. A gente escuta os nossos clientes. O resultado dessa escada foi de uma escuta, de entender qual que era a dor do nosso cliente e trazer uma solução mais confortável.”

A plataforma leva 45 segundos para subir ou descer o passageiro. Não faz barulho, não tem trepidação, não tem desnível e tem uma operacionalidade simples. Todo o processo de feitura foi acompanhado e recebeu consultoria de Bruno Bartolo, analista de pertencimento da Gol e pessoa com deficiência visual.

“Quando se vê essa escada se entende que ela é acessível e que ela coloca a pessoa com deficiência e sem deficiência no mesmo patamar. Isso é inclusão. Tenho um cliente embarcando pelo degrau, tenho a pessoa com deficiência utilizando o elevador ao lado utilizando a própria cadeira de rodas. É tudo mais rápido e tranquilo”, afirmou Sobrinho.

 

Fonte: Folha de São Paulo

Receba outras notícias pelo WhatsApp. Clique aqui e entre no grupo do Além da deficiência.

RECOMENDADAS PARA VOCÊ​

Rolar para cima