Antes, os alunos brincavam em um espaço onde o chão era feito de serragem. Isso impedia que estudantes com cadeiras de rodas acessassem o local
Crianças do estado de Minnesota, nos Estados Unidos, montaram uma campanha para possibilitar que alunos com deficiência também pudessem brincar no parquinho de uma escola. A iniciativa arrecadou cerca de US$ 1 milhão (R$ 5,6 milhões), o que possibilitou a construção de um playground acessível.
Antes, os alunos de uma escola na cidade de Hopkins brincavam em um espaço onde o chão era feito de serragem. Isso impedia que estudantes com cadeiras de rodas acessassem o local. Rhys Rilley, de 13 anos, percebeu que alguns colegas estavam excluídos. "Eles simplesmente ficavam sentados ali do lado. Era triste", contou.
Foi aí que os alunos se juntaram. A professora Betsy Julien conta que as crianças queriam fazer algo para corrigir e começaram a pesquisar modelos de brinquedos acessíveis. Entretando, apenas um balanço custava US$ 150 mil (R$ 840 mil).
Mesmo com a escola não tendo recursos suficientes, as crianças não desistiram. Elas resolveram montar uma lista de pessoas que poderiam ligar para pedir doações. "Eu lembro que na lista deles havia pessoas como o presidente e muito ricas e famosas", diz Betsy. "Eu apenas fiquei calada e falei para continuarem", relembrou.
Os alunos também saíram batendo de porta em porta na vizinhança para pedir ajuda. Aos poucos, as crianças transformaram "nãos" em "sim". Até que, um dia, a escola recebeu uma doação anônima de US$ 200 mil (R$ 1,1 milhão). "Eles se levantaram e começaram a dançar, a gritar! Mas eu acho que o que os inspirou a continuar foi que eles entenderam que a voz de cada um importa", disse a professora.
"E foi muito divertido poder vê-los se unirem por um bem comum como esse", comemorou. A partir daí, as doações explodiram, e a escola finalmente conseguiu montar um parquinho para que todos os alunos possam brincar juntos.
Kelly Becker, mãe de um dos alunos com deficiência, acredita que a campanha deu certo por causa da paixão das crianças pela escola e pelos amigos. "Eles estão tornando essas crianças iguais a si mesmas. E acho que isso é um novo olhar sobre a vida", comentou. "A inclusão aconteceu sem ser assustadora para os colegas. Agora, com o parquinho, eles vão conseguir ficar lado a lado."