O Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi instituído em 2002. A data, que é celebrada no dia 24 de abril, significa não apenas um momento de reflexão para a comunidade surda, mas uma luta diária pela busca de seus direitos. Na última quinta-feira (24), a Associação de Surdos de Laguna e Região (Assul) promoveu um workshop na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) campus Laguna, com foco na educação bilíngue, acessibilidade e valorização da cultura surda.
O evento teve início às 14h e contou com a apresentação de uma peça teatral do grupo de surdos da Associação de Surdos da Grande Florianópolis (ASGF). A professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Dra. Marianne Stumpf palestrou sobre “História, pesquisa e perspectiva: o movimento surdo”. Docentes da UFSC, o Dr. Marcos Luchi e a Dra. Silvana Aguiar, também contribuíram com palestras no workshop.
Conforme os palestrantes, a Libras tem possibilitado mais condições de ensino, acessibilidade e possibilita que a sociedade veja o povo surdo de outras formas. No encontro foi dialogado sobre as novas políticas públicas, linguísticas e educacionais para garantir o pleno acesso das pessoas surdas à cidadania. A mesa redonda reuniu os palestrantes, representantes da comunidade surda, professores, intérpretes e do programa TILSJUR.
Há 23 anos, a comunidade surda tem celebrado a sua identidade, inclusão e presença com a Lei 10.436/02, de 24 de abril de 2002. A data também reforça os desafios para que mais avanços ocorram. A normativa de 2002, além de reconhecer a Língua, estabelece caminhos para promover a difusão e o apoio ao uso. O evento reuniu autoridades da Amurel e da Grande Florianópolis, especialistas, a comunidade surda e moradores da região.
