Toda a pessoa, independente de sua condição, deve ter acesso à aprendizagem, seja de conteúdo pedagógico convencional, adaptado ou mesmo voltado ao cotidiano. Por conta disso, e considerando que o foco da plataforma está diretamente voltado para as pessoas com deficiência, a pedagoga Meri Teresinha Kuelkamp Schlicckmann trará informações sobre o assunto nas sextas-feiras.
Residente em São Ludgero, a profissional é pós-graduada em Educação Especial; em Metodologia e Práticas Interdisciplinares do Ensino; e em Gestão Escolar. Além disso, possui cursos de Extensão sobre Autismo e na área de Educação Especial: escola, família e sociedade, voltado para a inclusão da criança com deficiência.
Atualmente, Meri trabalha na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de São Ludgero. A profissional pretende abordar questões que envolvem o impacto emocional e prático do diagnóstico de uma deficiência, tanto para a pessoa que o recebe quanto para sua família.
“Falarei sobre o luto do diagnóstico, os caminhos possíveis de aceitação, as redes de apoio, os direitos das pessoas com deficiência, e também sobre estratégias para promover autonomia, inclusão e qualidade de vida. Quero abrir espaço para reflexões reais, compartilhar vivências, oferecer acolhimento e, principalmente, mostrar que há vida, aprendizado e potência além do diagnóstico”, detalha a pedagoga.
Para ela, falar sobre deficiência de forma aberta, sensível e real é essencial para quebrar tabus, combater o preconceito e ampliar a empatia. “Muitas famílias vivem o diagnóstico com medo, solidão e desinformação”, ressalta.
Meri explica que abordar esses temas são formas de oferecer acolhimento, esperança e caminhos possíveis. “Além disso, é uma oportunidade de dar visibilidade às vozes das pessoas com deficiência, promover inclusão e lembrar que cada ser humano tem valor, potência e direito de ocupar todos os espaços com dignidade”, reforça.
Na visão da pedagoga, a informação compartilhada com empatia tem o poder de transformar realidades. “Muitas vezes, quem vive o diagnóstico de uma deficiência se sente perdido, sem saber por onde começar ou a quem recorrer. Minha intenção é que, ao ler a coluna, as pessoas encontrem não só respostas, mas também acolhimento, identificação e força”, emociona-se.
Sua busca é de que cada texto proporcione o sentimento de uma conversa amiga, com orientações, acolhimento e inspiração. Ela acredita que cada história importa e que ninguém deveria caminhar sozinho diante de um diagnóstico.
“Por isso, mais do que informar, quero criar um espaço de escuta e conexão. Também pretendo, ao longo da coluna, trazer relatos reais, experiências que mostram que há muitos caminhos possíveis, e que todos merecem ser respeitados. Espero que essa coluna seja uma ponte entre o medo e a esperança, entre o desconhecido e o possível”, celebra a pedagoga.