A intervenção feita com uma criança com autismo depende do diagnóstico cedido pelo profissional e o acompanhamento segue de acordo com as necessidades do autista e da família. É necessário o apoio da família para dar feedbacks sobre o caso do aluno específico, tendo assim, uma familiarização mais rápida com o aluno.
Em muitos casos, a escola auxilia o autista no seu desenvolvimento e o contato com os demais pode ajudá-lo a desenvolver habilidades sociais, a fala, o desenvolvimento físico motor. Nesse contexto, entra em cena a questão de um atendimento especializado, bem como com programas educacionais específicos que incluem a formação e a inserção de atividades específicas para os autistas, a começar por uma educação física sensível às especificidades e inclusiva.
Incluir o aluno autista nas atividades de educação física é uma questão que merece muita reflexão, é necessário rever os conceitos impregnados no currículo e ter sempre o aluno em questão como principal objetivo, para garantir-lhe a aprendizagem, oferecendo um espaço significativo. Assim, poderemos afirmar que desenvolvemos práticas inclusivas.
Para que de fato ocorra inclusão nas escolas é necessário que haja aprendizagem e para que a aprendizagem seja significativa em uma criança autista é preciso que os profissionais que lidem com eles estejam realmente capacitados, concluindo cursos específicos nesta área de abordagem, porque cada aluno do espectro autista é um ser único, tem características próprias, tem habilidades, mas também dificuldades.
Além disso, o professor precisa conhecer cada um para poder intervir de maneira significativa no seu aprendizado. Tendo nesse cenário um forte destaque, a educação física que proporcionará momentos de interação, ludicidades, descobertas e múltiplas linguagens em uso durante o momento de aprendizagem.
Cada aluno autista possui singularidades que devem ser descobertas ao longo das aulas. O planejamento das aulas deve ser feito individualmente para cada aluno, pois suas particularidades os fazem únicos. O ambiente adequado, ambiente este para manter o foco nas atividades, deve ser de concentração total para maximizar o aproveitamento das aulas. Portanto, gostaria de finalizar esta coluna com a frase de Santos & Paulino (2008, p.8) afirmam: “Não existe uma fórmula pronta de como educar crianças autistas, tudo depende da singularidade da criança”.