Como o esporte pode melhorar a qualidade de vida das pessoas com Síndrome de Down

Para alunos com Síndrome de Down (SD), a prática esportiva não é apenas uma atividade física, mas também um meio de inclusão, desenvolvimento pessoal, qualidade de vida, autoconfiança, socialização, autonomia, aumento da sua capacidade cognitiva, repertório motor (movimento), agilidade mental e corpórea. Além disso, existem benefícios físicos como melhorias na coordenação motora e na força muscular.

O esporte faz bem para o sistema nervoso central e periférico, todas essas habilidades podem ser melhoradas através do desenvolvimento esportivo destas pessoas e com isso, proporcionar melhor qualidade de vida e fuga de uma vida sedentária. Geralmente pessoas com SD tendem em ter facilidade e boa vontade para práticas de atividades esportivas, desde a parte infantil da adolescência, ao envelhecimento demostrando interesse.

“Ressalto particularmente que todos os alunos da educação especial que já desenvolvi aulas de iniciação esportiva, os alunos com Down são os alunos com mais disposição e interesse de aprendizagem”. A exemplo, podemos citar as aulas de tênis de mesa, atletismo, corrida, entre outros.

Estudos já documentados dizem que o esporte ajuda a neuroplasticidade (conexões neurais) e a neurogênese (formação de novos neurônios). A promoção das atividades físicas tem efeitos amplos e exponenciais para pessoas com Síndrome de Down e trazem benefícios para sua qualidade de vida.

Esportes para pessoas com SD devem ser sempre acompanhados de profissionais especializados, trabalhando desde a fase “infantil à fase de envelhecimento”. Na fase infantil, devem ser trabalhadas atividades lúdicas e suaves para gradualmente elevar o seu tônus muscular, pois nesta fase há hipotonia (falta de força muscular), frouxidão ligamentar, defasagem proprioceptiva (lentidão entre estímulo x resposta), dificuldade de equilíbrio. Fatores que estão mais atenuados a algumas destas deficiências e que devem já ser trabalhados e recuperados pelo profissional.

Na fase da adolescência já se deve colocar o esporte como ferramenta de trabalho, introduzindo e descobrindo qual esporte o aluno se adapta melhor de acordo com seu biotipo. É importante observar o prazer que o aluno desenvolve e aprofundar sua prática, buscando promover não apenas o desenvolvimento físico, mas também a socialização e a autonomia. Já na fase do envelhecimento, o esporte deve ser colocado como estímulo à disciplina, na manutenção da saúde física e na preservação da funcionalidade.

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