Conheça os tipos de acessibilidade para incluir pessoas com deficiência Romeu Kazumi Sassaki dividiu a acessibilidade em seis grupos. Com o aumento de estudos e tecnologia podem ser consideradas duas novas categorias

Quando falamos de acessibilidade, é provável que uma rampa seja a primeira imagem que surja à mente. Isso porque a acessibilidade arquitetônica e o símbolo do cadeirante como pessoa com deficiência física são amplamente divulgados. Mas e quanto às outras deficiências e tipos de acessibilidade?

As pessoas com deficiência ainda enfrentam muitas outras barreiras, nem sempre evidentes, que podem e devem ser eliminadas. Considerado o “pai da inclusão no Brasil” por sua militância em prol das pautas sobre deficiência, o pesquisador e escritor Romeu Kazumi Sassaki dividiu a acessibilidade em seis grupos: arquitetônica, atitudinal, metodológica, comunicacional, instrumental e programática.

Com mais visibilidade, aumento de estudos sobre o tema e os avanços tecnológicos, também podem ser consideradas duas novas categorias: natural e digital. Abaixo você encontra mais informações sobre cada uma delas:

Acessibilidade arquitetônica: Diz respeito à toda infraestrutura dos ambientes, seja em residências, espaços públicos ou privados. São as rampas, elevadores, banheiros adaptados, pisos táteis, calçadas rebaixadas etc., e são regulamentados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Acessibilidade atitudinal: Trata do relacionamento sem preconceitos com pessoas com deficiência. A ideia do capacitismo, discriminação ou o conceito de normalidade é desconstruída, aceitando a diversidade humana como premissa de uma sociedade inclusiva.

Acessibilidade metodológica: Essa acessibilidade aborda a eliminação de barreiras de ensino, por isso também é chamada de acessibilidade pedagógica, quando os educadores elaboram atividades que incluam estudantes com deficiência. Nos ambientes corporativos, também abrange postos de trabalho adequados a profissionais com deficiência.

Acessibilidade instrumental: Abrange a superação de barreiras em instrumentos, ferramentas e utensílios de estudos, nas escolas, em ambientes profissionais, de recreação e lazer. Os softwares de leitores de tela são um exemplo disso, assim como o sistema braille.

Acessibilidade programática: São as normas, regimentos e leis que dizem respeito aos direitos das pessoas com deficiência. A Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência e a Lei Brasileira de Inclusão (nº 13.146/2015) são alguns exemplos de acessibilidade programática.

Acessibilidade comunicacional: Como o próprio nome sugere, são as maneiras de mitigar as barreiras de comunicação. Closed caption, legendas, janelas de libras, audiodescrição em vídeos, peças e filmes, libras tátil são algumas das formas de garantir que a informação seja transmitida às pessoas com deficiência.

Acessibilidade natural: Elimina as barreiras impostas pela própria natureza, como pisos irregulares – praias, vegetações, calçadas com muitas árvores e trilhas, por exemplo. As cadeiras de rodas anfíbias são um exemplo de acessibilidade natural, pois permitem o deslocamento de cadeirantes da areia para o mar.

Acessibilidade digital: Garante a eliminação de barreiras no acesso a sites, aplicativos e documentos em formato virtual, que permite o uso de recursos de tecnologia assistiva sem barreiras de navegação ou acesso.

 

Fonte: Instituto Paradigma

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